Yoga da Consciência

O yoga vem se tornando cada vez mais popular no ocidente, sendo incentivado por médicos, terapeutas e profissionais da saúde, como sendo uma ferramenta eficaz para trazer Bem- Estar físico e mental a seus praticantes.
Porém, o objetivo central do Yoga, está muito mais além desses benefícios, sendo apenas efeitos colaterais. Em sua essência, Yoga que significa “união”, está desenhado de modo a conduzir o praticante ao profundo auto-conhecimento, de nos despertar a nossa verdadeira natureza.
Podemos encontrar diversos ramos do Yoga que utilizam metodologias diferentes, alguns mais devocionais (Bhakti Yoga), outros mais físicos (Hatha Yoga) e uma vasta diversidade de métodos e linhagens.
O que todos tem em comum, é que a meta é liberar o ser humano de seu estado de sofrimento e vazio existencial e possibilitar o verdadeiro Bem- Estar.
Dentro de tais linhagens, encontramos o Advaita, que significa não dual, um ramo da sabedoria Hindu, divulgada por sábios como Ramana Ramarshi, Nisagradata Maharaji, Ramesh Balsekar, Papaji e muitos outros seres auto realizados, que dedicaram suas vidas ao compartir dessas pérolas de sabedoria.
Hoje contamos com mestres contemporâneos como Ekhart Tolle, Mooji, Gangaji e muitos outros, que com uma linguagem simples, direta e atual, nos introduzem a esse caminho sem caminho, o Jnana Yoga, o Yoga do conhecimento direto do Eu.
Muitos buscadores se perdem na senda, ao se identificarem com o buscador que se esforça, que pratica uma série de técnicas criando uma meta externa, distante no tempo, alimentando o ego espiritual e perdendo a essência daquilo que buscam.
A pratica espiritual, pode muitas vezes se tornar uma performance do ego, que de buscador material se transformou em buscador espiritual, mantendo a mesma dinâmica, acreditando que se pode atingir o Eu através do esforço, que requer tempo e um método específico, ou que dependa de algo externo.
De fato, para muitos esse caminho é necessário para dar-se conta daquilo que não funciona. Mas podemos pegar atalhos, conhecimentos diretos e puros em sua essência, que podemos confiar plenamente, que nos dão autonomia e direção, em busca daquilo que não se pode buscar, porque está e sempre esteve aqui e agora, durante toda nossa vida, porém requer nosso reconhecimento.
Reconhecimento, percepção, sensibilidade, são virtudes a serem cultivadas, para um completo reconhecimento do Eu. Essa é a união que propõe o Yoga, unir nossa atenção ao espaço de consciência em si, de onde tudo surge, permanece e desaparece em si mesmo.
Nesse estado de atenção plena, tão enfatizada por Budha, o que é irreal desaparece por si mesmo, pelo simples fato de tomar consciência, não necessitando consertar os conteúdos da mente, e sim, aceitá-los e transcendê-los sem identificar-nos com eles, pois nascem, permanecem e se dissolvem em si mesmo naturalmente, como qualquer outra percepção.
Quando escolhemos os conteúdos, rejeitamos ou desejamos algo em particular, esse é o caminho do sofrimento, pois geramos tensão interna.
Maturidade e compreensão clara é necessário, para que as armadilhas da mente não continue nos escravizando.
Aconselhamos de todo coração, a leitura de 2 livros em especial:
“O poder do agora” e “Um novo mundo agora”, de autoria de Eckhart Tolle, são leituras simples porém muito profundas, que nos introduzem e nos acompanham nesse maravilhoso processo de despertar, por alguém que está ancorado nessa realidade.
De fato não necessitamos de nada para sermos quem somos, apenas recordar é preciso, e contar com o auxilio de quem não se esquece mais, é muito valioso quando disponível.
Que todos sejamos felizes e livres.